O estudo reflete sobre o modo como as relações entre poder e força de resistência atuam na construção de um imaginário que agrega novos sentidos à língua. Considerando que o estudo da língua é ideológico, neste caso uma questão política, e que mudanças ocorrem, determinadas pelas leis e práticas sociais, são aqui analisados discursos de jornalistas publicados no jornal O Pasquim (1969 e 1970). Por se tratar de um jornal de oposição ao governo ditatorial, partimos da indagação: Que efeitos tais discursos teriam produzido, uma vez que se contrapunham às práticas do governo militar utilizando-se do humor? Por meio de uma escrita simbólica, o humor trapaceia e perpassa a estrutura da língua trabalhada em manuais de redação da imprensa brasileira no governo Médici. O texto jornalístico, mesmo resultando da prática de uma escrita especializada, institucionalizada em manuais de redação, pode ser pensado como espaço de resistências, equívocos e subjetividades.
This study reflects on how the relations between Power and resisting forces act in the building of an imaginary that adds news meanings to language. Since language study is ideological, in this case a political issue, and that changes occur as determined by social laws and practices, here discourses by journalists that were published in the newspaper O Pasquim (1969 and 1970) are analyzed. As it was a newspaper, which opposed the dictatorial government, our initial question was: What effect such discourses would have produced, considering that it opposed the practices by the military government by means of humor? By using a symbolic writing, humor cheats and pervades the structure of the worked language in writing manuals used by the Brazilian press during the Médici government. At the same time, the journalistic text, even if resulting from a specialized writing practice, institutionalized by writing manuals, can be thought of as a space for resistance, mistakes and subjectivities.
El estudio reflexiona sobre el modo como las relaciones entre poder y fuerza de resistencia actuan en la construcción de un imaginario que agrega nuevos sentidos a la lengua. Considerando que el estudio de la lengua es ideológico, en este caso una cuestión política, y que cambios ocurren, determinadas por las leyes y prácticas sociales, son aquí analizados discursos de periodistas publicados en el periódico O Pasquim (1969 y 1970). Por tratarse de un periódico de oposición al gobierno dictatorial, partimos de la indagación: ¿Qué efectos tales discursos habrían producido, una vez que se contraponían a las prácticas del gobierno militar utilizando el humor? Por medio de una escritura simbólica, el humor trampea e impregna la estructura de la lengua trabajada en manuales de redacción de la prensa brasileña en el gobierno Médici. El texto periodístico, aun resultando de la práctica de una escritura especializada, institucionalizada en manuales de redacción, puede ser pensado como espacio de resistencias, equívocos y subjetividades.